Mostrando postagens com marcador MERCADO EDITORIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MERCADO EDITORIA. Mostrar todas as postagens

sábado, 27 de agosto de 2016

O MERCADO EDITORIAL E SUAS VARIANTES



            Este é um mercado muito novo. O e-book surgiu em 1971, quando Michael Hart liderou o projeto Gutemberg. A ideia era que os livros digitais fossem totalmente gratuitos, permitindo que a literatura fosse mais acessível. Mas o primeiro livro digital somente foi publicado 22 anos depois, em 1993. Daí em diante, o mercado de e-books começou a se desenvolver, tendo, em 2012, respondido por cerca de um quinto (20%) das vendas de livros nos Estados Unidos. As informações são da Association of American Publishers (AAP) e Book Industry Study Group (BISG). De acordo com os números, publicados pelo Mashable, a venda de e-books gerou 3 bilhões de dólares, um aumento de 44,2% em relação a 2011. Os dados incluem vendas de títulos ficção e não-ficção para adultos, jovens e crianças, mas não levam em conta obras de educação universitária/profissional.

           No Brasil esse mercado ainda é muito tímido, mas, em um futuro próximo, espera-se que haverá mudanças significativas. Acredita-se que ler um e-book será muito mais acessível para os brasileiros e o que contribui para isso é a crescente ascensão das máquinas (Readers, Tablet, Smartphones, etc) e a expansão da internet.

          O Brasil chegou a 168 milhões de smartphones em uso, um crescimento de 9% em relação a 2015, quando a base instalada era de 152 milhões de celulares inteligentes. Os dados são da 27ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e divulgada em 13/04/2016.

          De acordo com o estudo, a expectativa é de que, nos próximos dois anos, o País tenha 236 milhões de aparelhos desse tipo nas mãos dos consumidores, em um crescimento de 40% em relação ao momento atual.

          No entanto, segundo dados da consultoria IDC, houve queda de 13,4% no número de smartphones vendidos no Brasil em 2015. Ao todo, foram pouco mais de 47 milhões de aparelhos, contra 54,5 milhões de unidades em 2014.



Computadores.




         Atualmente, de acordo com a pesquisa, o Brasil tem também 160 milhões de computadores (entre notebooks, tablets e desktops) em funcionamento, em um crescimento de 7% na base instalada com relação ao levantamento de 2015. Até o final do ano serão 166 milhões de computadores em uso – o número inclui 30 milhões de tablets.

          Caso a previsão se confirme, no final do ano o País teria quatro computadores para cada cinco habitantes. Sem a contagem dos tablets, são dois dispositivos para cada três brasileiros. Os dados mantêm o Brasil à frente da média mundial de 78 dispositivos para cada cem habitantes. No mundo, são 60 computadores para cada cem habitantes, enquanto nos Estados Unidos a proporção é consideravelmente mais alta: 144 aparelhos para cada cem pessoas.

           Segundo dados da consultoria IDC, houve queda nas vendas de tablets pela primeira vez no País em 2015: no ano passado, as fabricantes venderam pouco mais de 5,8 milhões de unidades, recuo de 38% na comparação com 2014. No entanto, a previsão da FGV-SP é otimista, com comercialização de 15,2 milhões de unidades

           Se essas informações ajudam a entender como estão atualmente os mercados que impulsionam os negócios de livros digitais, conhecer quem são e o que pensam os leitores de e-books ajudará ainda mais. Vejamos:



O Leitor Brasileiro




           O levantamento mais recente sobre o comportamento do leitor brasileiro, promovido pelo Instituto Pró-Livro e realizado pelo Ibope Inteligência, é a 4ª edição de “Retratos da Leitura no Brasil”.

           O estudo do Ibope considera “leitor” aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos três meses antecedentes à pesquisa e “não-leitor” aquele que não leu nenhum livro nesses mesmos três meses, independentemente de  que tenha lido algum nos doze meses anteriores.

          A pesquisa um aumento no número de leitores no Brasil. Divulgada na quarta-feira (18/-5/16)), em São Paulo, estima-se que 104,7 milhões de brasileiros (ou 56% da população acima dos 5 anos de idade) leram pelo menos partes de um livro nos últimos três meses. Em 2011, quando foi realizada a última edição da pesquisa, esse índice era de 50%. A pesquisa revela ainda que houve aumento nos índices de leitura per capita. Se em 2011, um brasileiro lia quatro livros por ano, em 2015, o índice chegou a 4,96. Os aumentos – tanto da população leitora quanto dos índices de leitura – foram sentidos nas regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e Norte. No Nordeste, a população leitora se manteve estável (51% de leitores) e os índices de leitura per capita caíram de 4,3 livros por ano em 2011 para 3,93 em 2015.

O Livro Digital

         A pesquisa de 2011 detectou que 81 milhões de brasileiros tinham acesso à internet. Em 2015, esse número subiu para 127 milhões. Sobre as atividades relacionadas à leitura que realizam na internet, os itens mais indicados são: leitura de notícias e informações em geral (52%); estudo e pesquisas para a realização de trabalhos escolares (35%) e aprofundamento no conhecimento a respeito de temas de interesse pessoal (32%). A leitura de livros fica em sexto lugar, com 15%.

           Atualmente, a faixa etária dos entrevistados que mais acessam a internet para leitura de livros é a de 18 a 24 anos. A maioria dos leitores de livros digitais é do gênero masculino (53%) e está nas classes B (43%) e C (42%). Na distribuição geográfica, 48% dos leitores digitais estão no Sudeste, 23% no Nordeste, 12% no Sul, 10% no Centro-Oeste e 7% no Norte. O dispositivo mais usado na leitura de livros digitais é o celular ou smartphone (56%), seguido por computadores (49%) e tablets (18). Dispositivos dedicados à leitura, os e-readers, ficaram na lanterninha, com 4% de participação.

          A pesquisa perguntou ainda se as pessoas já ouviram falar em livros digitais. Quarenta e um por cento dos entrevistados responderam sim. Desse universo apenas 26% declararam já ter lido um e-book. Dentre os que declararam já ter lido um e-book, 88% disseram que o baixaram gratuitamente. Apenas 15% declararam ter pago pelo livro digital.



Influenciadores de leitura e de compra




     A pesquisa mostra que 33% dos respondentes declararam que tiveram influência de alguém para começar a ler. A figura materna – mãe ou responsável do gênero feminino – é a maior influenciadora nesse quesito. Professores e professoras representam 7% e a figura paterna, 4%.

      Quando questionados “qual destes fatores mais o influencia na hora de escolher um livro para comprar?”, 55% dos respondentes disseram que o tema ou o assunto é determinante na escolha. Chama a atenção a parcela da população que compra um livro a partir de recomendação de sites especializados, blogs ou redes sociais. Apenas 3% dos respondentes optaram por essa opção, colocando em xeque a figura de blogueiros como grandes divulgadores de livros.


Fontes: Sebrae, Instituto Pro-Livro, Publisnews

domingo, 19 de junho de 2016

A PEQUENA EDITORA E O AUTOR INICIANTE




        A ideia da maioria das pessoas, que começam sua senda literária, apresentando seu primeiro original a uma editora, é de que, depois de aprovado o livro, não terá que fazer mais nada a não ser desfrutar da fama que virá, isso sem contar as várias exigências que imagina poder impor a editora, que resolveu investir nele. Ledo engano, pois o buraco é mais embaixo!
       Há aproximadamente dez ou quinze anos, um novo autor só conseguia publicar seu original com muita sorte ou, principalmente, se pagasse por uma edição independente, o que não era barato. Hoje, não.
       Com um investimento relativamente baixo, e pagamento facilitado, milhares de autores conseguem tirar seus textos do computador, do diário ou da gaveta, e levá-los diretamente para a estante, quer através de uma publicação independente ou através de uma editora. Porém, apesar do caminho para efetivamente publicar seu trabalho ter se tornado mais fácil, o trabalho não termina depois da noite de autógrafo, muito pelo contrario. É depois das “festas de lançamento” que a coisa começa a pegar.
      A publicação em si não fará com que leitores se interessem pelo seu livro, como num passe de mágica. Aliás, não existe mágica no Mercado Editorial e uma Editora também não é uma instituição beneficente, nem uma clinica de psicologia para tratar suas emoções. Ela é uma empresa que vendo um produto – livro, impresso ou digital – e tem como objetivo primário, auferir LUCRO. Então, se seu livro não “vender”, dificilmente ela irá investir num novo projeto. Aqui cabe um adendo. Se você teve um original aprovado para publicação, e a editora irá investir dinheiro nisso, não esqueça de que ela está analisando o seu livro como uma possibilidade de ter lucro, e não porque ele é uma “obra prima”. Sim, eu sei que é uma coisa dura de ouvir, mas é melhor aceitar a verdade, do que viver iludido.
           Os novos autores, mesmo diante das facilidades que já mencionei, não podem se descuidar do seu aperfeiçoamento constante. Costumeiramente nos deparamos quem candidatos a fama literária que, quando, na hora de publicar, não possuem um blog, não escrevem para nenhum veículo e sequer participaram de alguma coletânea. Nunca publicaram um texto, nem no jornalzinho de sua cidade, possuem um português sofrível, e, num belo dia, resolvem sentar-se numa mesa e digitam freneticamente um livro de 250 páginas, muitas vezes sem uma pesquisa mínima sobre o assunto de que trata a narrativa. São pessoas que nunca escreveram profissionalmente. E o livro, que será fruto desse trabalho, obviamente, ainda não possuirá leitores interessados – familiares e amigos não contam – até porque, com exceção dos amigos e familiares já mencionados, ninguém saberá da existência do autor e da obra.
           Mesmo assim, o referido escritor tem certeza de que o trabalho de angariar leitores pertence exclusivamente à editora, e não a ele. Jura que seu livro só não vende por que a editora não faz sua parte. Ela não divulga seu nome, sua obra, não orienta, não o incentiva de trata melhor os autores mais famosos e atuantes de seu catálogo. Traduzindo, ele é a vitima e o coitadinho da história.
           Geralmente o novo autor publica por uma pequena editora, mas age como se estivesse lançando seu livro por um Grupo Editorial, como a Record ou a Globo. No entanto, editoras de renome continuam com suas portas fechadas para autores iniciantes e publicam somente quem já conquistou sua fatia – e seus leitores – no mercado editorial, pois o retorno é quase certo. E é porque investem pesado em determinado escritor, que as grandes editoras precisam da garantia de que seu investimento lhe trará retorno em curto prazo. E para que isso aconteça, o autor em questão necessita ter seu público leitor estabelecido.
         Lembra-se do que disse antes? Editora não é Instituição de caridade, é uma empresa que vive de resultados, ou seja, LUCRO. Assim sendo, a maioria dos escritores iniciantes irá publicar através de casas editoriais pequenas, sob demanda, que editam dezenas de livros por mês – praticamente todos com tiragens muito pequenas, inclusive, na maioria das vezes, desembolsando certa quantia para isso. Ai, autor iniciante, que tem seu original aprovado por uma dessas editoras, solicita 30 exemplares, como se estivesse solicitando 10 mil, e quer que a editora o coloque no Programa do Jô, na capa do caderno de cultura do Estadão e distribua sua obra em todas as livrarias do país. Contudo, ele próprio não consegue comercializar os 30 livros que pediu, o que me leva a conclusão de que nem sua família, amigos e colegas de trabalho compraram sua obra. E se o autor não tem 30 pessoas, do seu próprio circulo de amigos e parentes, interessadas em seu livro, como a editora vai encontrar cinco mil dispostas a pagar para ler uma obra de um escritor que nunca ouviram falar? Isso sem levarmos em conta a grande concorrência que se criou. Lembre-se, se ficou mais fácil para você publicar, também ficou mais fácil para todo mundo publicar.
          E só ficou fácil por que a maioria das pequenas editoras dificilmente realiza um trabalho exclusivo de edição e divulgação para cada lançamento. Não por que não querem, mas porque, se assim fizerem, não conseguirão sobreviver por mais de 90 dias, pois, se a tiragem for pequena, o lucro da editora também será igualmente pequena. Tiragens maiores significam investimentos maiores, e, consequentemente, riscos maiores, que também poderão levar a editora a fechar suas portas rapidamente, se não der um retorno satisfatório.
           É por essa razão que as editoras menores se obrigam a publicar muitos autores, visando minimizar os riscos e auferir um lucro razoável para manter-se no mercado. Elas trabalham baseadas em quantidade, e não necessariamente em qualidade, embora se este ultimo não for tratado com cuidado, também pode levar a editora a perder seus leitores, e, consequentemente, reduzir seus lucros, passando até a correr o risco de fechar suas portas. Tanto é que algumas chegam a lançar mais de 700 livros por ano, cada um com tiragem variando entre 30 e 50 exemplares.
           É ai que surge o questionamento. Como uma editora, que lança 700 autores por ano, vai conseguir, efetivamente, divulgar um por um de seus lançamentos? Impossível!
         Uma editora é uma empresa como outra qualquer, que possui despesas, salários, aluguel, planilhas, cronogramas, impostos e contas para pagar. Mas o autor iniciante, e às vezes alguns experientes, não querem entender isso. Geralmente por não querer abrir mão de suas fantasias literárias. E, apesar de publicar por uma editora, que lança quase 60 autores por mês, solicita 10 exemplares de sua obra, exige mil regalias: quer divulgação, preço baixo, ilustração na capa e no miolo do livro, distribuição em todas as livrarias do país. Quer participar e dar autógrafos em bienais, em programas de rádio e TV e receber muita bajulação, mesmo não conhecendo meia dúzia de pessoas interessadas em pagar para ler o seu livro.
         Um outro erro comum, que os novos autores cometem, é acreditar que escritores, hoje renomados, somente são famosos por que publicam por uma grande editora. Isso não é verdade. A generosa maioria de autores renomados começou como todo mundo; anônima e lentamente, trabalhando muito, conquistando leitores e seu espaço embaixo do sol, devagar e sempre.
     André Vianco, escritor de Literatura Fantástica, conhecido por todo país, e um dos ícones nacionais nesse tipo de literatura, lançou seu primeiro livro – Os Sete – de forma independente, utilizando o FGTS, que recebeu depois de ser demitido, e saiu vendendo os 1mil exemplares, até adquirir certa notoriedade na cidade onde residia e ser contratado para publicar pela Novo século.
         Eduardo Sporh, outro escritor de Literatura Fantástica, também publicou seu livro de forma independente, passando a vendê-lo através de do Blog Jovem Nerd. Tal trabalho, e a quantidade de exemplares vendidos chamou a atenção da Verus – divisão da Record para Literatura Fantástica, tornando-se referencia nesse tipo de literatura.
        Daniel Galera, escritor premiado, publicado fora do país, e um dos nomes mais relevantes da nova literatura brasileira, lançou seu primeiro livro, Dentes Guardados, em 2001, através de uma editora, que ele próprio fundou para se autopublicar, pois, nessa época, não existiam tantas pequenas editoras de portas abertas.
        Carol Bensimon lançou seu primeiro livro, Pó de Parede, através da pequena e desconhecida Não Editora, e hoje é autora da Companhia das Letras. Raphael Montes, autor da mesma Companhia das Letras, publicou pela primeira vez, em 2009, em uma coletânea da Editora Multifoco chamada Assassinos S/A.
      E temos aqueles que não são conhecidos nacionalmente, mas são ícones em seu gênero de escrita, tais como os autores da coletânea Amor Vampiro, publicada pela Giz Editorial, em 2008, onde figuraram nomes como o já mencionado André Vianco, as damas do terror nacional Giulia Moon e Martha Argel, Nelson Magrini, a autoridade nacional em vampiros Adriano Siqueira, bem como o versátil J. Modesto.
          Todos eles não enviaram seus originais para um grande selo, nem foram aprovados e se tornaram escritores reconhecidos da noite para o dia. Todos realizaram um trabalho sério, profissional, constante e comprometido, durante muito tempo, dia após dia, até finalmente conquistarem seu espaço no mercado editorial brasileiro e no interesse dos leitores.
            O mais importante, se resolver publicar através de uma pequena editora, não aja como se fosse o autor Best Seller da literatura nacional, exigindo mundos e fundos. Arregace as mangas e trabalhe na divulgação e venda de seus livros, pois se você não acredita nele e não trabalha em prol da sua obra, não pode exigir que os outros o façam sem dar nada em troca. Pensar que está trabalhando “de graça” para a editora é pensar pequeno. Na verdade você está trabalhando para você. Para a sua marca, o seu nome e pavimentando sua estrada para o sucesso.
                                                                                  
 Boa Sorte!
L. H. Hoffmann 
 

sábado, 30 de abril de 2016

AMAZON ANUNCIA CRESCIMENTO



AMAZON ANUNCIA CRESCIMENTO
 DE 28% EM SUAS VENDAS NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2016
 Vendas alcançaram US$ 29,1 bilhões no período

            A Amazon divulgou os resultados do seu primeiro trimestre de 2016. O que se viu foi um aumento de 28% nas vendas, que alcançaram US$ 29,1 bilhões, aumento de 28% em comparação ao mesmo período de 2015, quando as vendas alcançaram US$ 22,7 bilhões. O lucro operacional foi de US$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre de 2015, apresentando crescimento expressivo em relação ao mesmo período do ano passado, quando se apurou um lucro operacional na ordem de US$ 255 milhões.
            "Os devices da Amazon são os produtos mais vendidos na Amazon. Nossos clientes compraram mais do que o dobro de Fire (o tablet da Amazon) do que no mesmo período do ano passado", comentou Jeff Bezos, fundador e CEO da varejista.
Fonte: PublishNews, por Leonardo Neto, 29/04/2016

quarta-feira, 27 de abril de 2016

A TODO VAPOR

      Uma nova parceria com a Aliteração Serviços Editoriais foi firmada para a seleção de 10 contos, que irão compor a nova coleção da Dragonfly, cuja linha editorial terá como tema o gênero Steampunk. Se você não sabe o que é Steampunk, leia a matéria "VOCÊ SABE O QUE É STEAMPUNK?", neste Blog (Março/2016), e conheça um pouco desse fascinante universo. 
       O processo seletivo começará em breve e deverá durar até Novembro/2016. Você que gosta de escrever e quer publicar seus contos ou você que já é autor e deseja acrescentar mais uma obra publicada em seu curriculum, não perca esta oportunidade. Acompanhe o processo seletivo através do site e Facebook da Aliteração Serviços Editoriais (Aliteração.tk) ou pelo Blog e Facebook da editora, e boa sorte! Esperamos recebê-los na "Casa da Libélula"

                                                                         Abraços!
L. H. HOFFMANN
                                                                                                                                      Editor 

sábado, 9 de abril de 2016

O PROCESSO PRODUTIVO DO LIVRO



             Todos os autores de sucesso já foram principiantes um dia, e já tiveram um original nas mãos, sem saber o que fazer. Aí, correram atrás de editoras para publicarem a obra que consideravam um Best-seller. Então receberam uma recuso, depois outra e outra, até encontrar uma casa editorial que resolvesse investir em seu romance. Assinado o contrato, começou uma fase de angustia e ansiedade, que chega a durar vários anos. É a chamada fase de produção.
            Vamos, nesta matéria, falar um pouco sobre essa fase e descrever, passo a passo, o que acontece com original, até ele se transformar no livro, que irá ser disponibilizado ao leitor. Pronto para esta fantástica viagem? Ótimo! Vamos lá!


RECEBENDO O ORIGINAL

            É aqui que começa o calvário daquele que pretende ser tornar um autor com livros publicados por uma editora. Semanalmente, até as pequenas casas editoriais, recebem vários materiais para análise, e é praticamente impossível ler todos de forma detalhada. Então como elas fazem?
            Em primeiro lugar, a equipe que recebe os originais verificam se o mesmo está de acordo com a linha editorial da editora e, se não se enquadrar, eles são descartados sem qualquer tipo de análise. O que é linha editorial? Simples. Linha Editorial é o foco que a editora dá em suas publicações. Existem editoras que focam seu trabalho em livros didáticos, outras em livros religiosos, de arte, ficção, reportagem, etc. Então é importante que você verifique se a editora para qual você está encaminhando o seu original tem uma linha editorial compatível com a narrativa. Não adianta encaminhar um livro de receitas para alguém que publique livros de pescaria, a não ser que seja uma publicação de livros de receita de peixes.
            Algumas editoras, para facilitar a analise e manuseio dos originais, exigem que você os encaminhe em determinado padrão, recusando aqueles que não estão no formato exigido pela mesma, então tome cuidado nesse detalhe também, pois pode ter seu original recusado por um pequeno descuido. Geralmente as editoras descrevem, em seus sites ou blogs, como os originais devem ser enviados, então não custa nada dar uma olhadinha nisso.
       É importantíssimo que os originais sejam acompanhados dos dados do autor, tais como nome, pseudônimo, se tiver, endereço, e-mail e telefone para contato.


SELEÇÃO PRÉVIA

            Se seu original conseguiu passar pelo primeiro quesito, sendo recebido sem problemas, o próximo passo percorrido pelo mesmo é o que chamamos de Seleção Prévia.
            Ao receber o original, uma equipe de analista irá ler, geralmente, quinze a vinte paginas ou os dois primeiros capítulos, buscando verificar a qualidade do texto e narrativa, então é importante escrever corretamente e ter uma narrativa envolvente, pois se você não conquistar a pessoa que faz essa primeira leitura, seu original não passara para a fase seguinte, que é a Analise pelo Editor.


ANÁLISE DO EDITOR

            Depois da analise previa, e aprovado, seu original será encaminhado para o editor, ou o profissional encarregado de fazer um julgamento mais apurado de seu pretenso livro. É aqui que o original será lido na integra, sendo analisado sob todos os aspectos (literário, comercial, viabilidade, interesse editorial, etc). Essa analise, devido ao número de livros, e a complexidade do trabalho, pode levar meses, então tenha paciência. Algumas editoras fazem parcerias ou contratam Revisores Literários ou Críticos Literários, para fazerem tais análises.


CONTRATO PARA PUBLICAÇÃO

            Após a aprovação do original, inicia-se o processo de negociação da editora com o autor, visando à publicação do livro, onde toda a parte burocrática é resolvida.


REVISÃO (COPYDESK)

            É nessa etapa que seu original passara por uma revisão completa, onde será analisado por profissionais, que irão revisar todo o texto, fazendo as sugestões de correção (continuidade, história, diálogos, gramaticais, etc.). Ao final dessa etapa, o revisor devolverá a editora um texto, geralmente em Word, com as devidas sugestões, que será encaminhado para o autor, visando sua aprovação nas correções devidas, no que se refere à história. As gramaticais, também são encaminhadas, pois apesar de serem regras a serem obrigatoriamente obedecidas, existem casos que o erro de escrita é proposital. Isso geralmente acontece nos diálogos, que procuram criar uma forma peculiar de falar de certo personagem.


APROVAÇÃO DA REVISÃO PELO AUTOR

            É aqui que você terá as primeiras noticias de seu original. Leia com cuidado todos os comentários do revisor e as sugestões de acerto, aceitando-as ou não. Então devolva à editora. Não demore demasiadamente para devolver o arquivo, pois quanto mais tempo levar, maior será o atraso na publicação de seu livro e os editores não gostam de atrasar cronogramas de publicação, pois isso lhes custa tempo e dinheiro, mas também não faça de forma apressada. Lembre-se, um livro com qualidade sobrevive muito mais tempo do que um sem qualidade nenhuma.


DIAGRAMAÇÃO

            É nesta etapa que seu original começa a ganhar corpo de livro. Com o texto devidamente finalizado, o mesmo é encaminhado a um profissional Diagramador, que também vem sendo chamado, no Brasil e no Exterior, de Designer Gráfico. Esse profissional irá trabalhar o layout de sua obra, distribuindo os elementos gráficos (texto, separadores, imagens, etc) no espaço destinado aos mesmos, ou seja, ele irá construir todas as páginas de sua obra. Quando esse profissional terminar seu trabalho, o chamado “Miolo do Livro”, estará pronto


CAPA

         Terminada a etapa de diagramação, pois é necessário conhecer a quantidade de páginas que sua versão final terá, definindo assim a espessura a ser considerada, um outro profissional entra em cena, é o chamado Capista. A capa do livro nada mais é do que a embalagem do produto, por isso é que a mesma é de inteira responsabilidade da editora. Algumas casas editoriais costumam consultar o autor a respeito das mesmas, mas isso não é uma obrigação, então não se sinta ofendido se não for consultado nesse assunto.
         Um bom capista, geralmente toma conhecimento da narrativa para construir uma capa que, além da qualidade estética, tenha coerência com a história narrada na obra. Raramente tal profissional lê o livro, mas utiliza a maioria das informações passadas pela editora.


IMPRESSÃO

           Terminado o trabalho do CAPISTA e DIAGRAMADOR, os arquivos são encaminhados a Gráfica, no padrão exigido pela mesma, para a impressão dos exemplares. Geralmente a Gráfica apresenta à editora uma “prova” ou um “boneco” (teste físico de como ficará o livro depois de pronto) para aprovação. Depois de aprovado o ”boneco” ou a prova, pela editora, a Gráfica irá imprimir o miolo e a capa, montando todos os exemplares encomendados. A média de tempo solicitado pelas gráficas, para entrega do produto, gira em torno de 20 a 25 dias. Depois disso, o livro está pronto para ser entregue a distribuidora para colocá-los nos pontos de vendas.

            Esperamos que as explicações tenham auxiliado você a entender um pouco o processo de produção de um livro.
Até a próxima,

L. H. Hoffmann
Editor